Uma viagem sem o todo

Um misto de tristeza e alegria me acompanha na viagem de hoje. Há quase três anos que não vejo meus pais pessoalmente e, essa é a melhor hora para fazê-lo, já que daqui a poucos meses estarei cuidando do Antonio e da Manuela em tempo integral. Feliz por poder revê-los e tocá-los, mas muito trsite por não ter a companhia do meu grande amor.
Neste vôo SP-Natal meu coração tá apertadinho. O meu Fabão não pôde me acompanhar. Já tem uns dois anos que ele não tira férias e isso me incomoda um pouco, mas sair em férias para ele pode significar a perda de alguns projetos e ele não gosta de deixar a empresa na mão.
O fato é que depois que se casa uma viagem dessas já não tem mais graça como quando se é solteira. Falta uma parte, falta quase o todo. Entendi nesses poucos minutos de vôo que não sou nada sem ele. Ainda mais agora grávida!
Queria muito ele aqui ao lado.
Serão 10 dias estranhos. Das outras vezes pude dividir com o maridão as angústias de não concordar com o life style da mnha família em Natal e o desconforto que me dá ao ver uma cidade tão linda e tão mal cuidada. Minhas lembranças de infância são pequeninas como eu era quando morei aqui. Eu consigo me sentir uma estranha no ninho quando estou em Natal. Então o que me traz aqui?
Simplesmente estar na presença dos meus pais, sobrinhos e até da irmã. E também rever os familiares, com os quais por anos perdi integralmnente o contato, antes do advento da internet e da popularização das redes sociais.
O Antonio e a Manu dessa vez só vão sentir através de mim o clima dessa bela cidade e o carinho dos avós. Certamente voltaremos aqui com eles. Assim que puderem fazer seu primeiro vôo fora da barriga da mamãe.